As danceterias dos anos 80 e início de 90
– Acre Clube – Na Rua Gaurama, 540, Tucuruvi.
– Abrigo Nuclear – Do início dos anos 90, ficava na Av. Nações Unidas, 2109. As bandas se revezavam no palco tocando “ritz” do momento.
– Aeroanta – Era uma casa de shows localizada na Rua Miguel Isasa, 404, no Largo da Batata e que teve o seu auge na década de 90. Lá se apresentaram algumas das mais importantes bandas do circuito alternativo paulista dos anos 80, como Fellini, Mercenárias, etc.
A estrutura era formada por dois galpões de 350 m2. Em um ficava o bar e o restaurante. Em outro ficava a pista de dança, o palco, uma arquibancada e um mezanino. Antes e depois dos espetáculos rolava rock, jazz, funk e outros gêneros musicais.
– Ácido Plástico – O bar ficava no bairro do Carandirú, na Rua Urupiara, 432, bem ao lado da extinta penitenciária. Antes de se tornar um bar, era uma igreja. Hoje, é uma Loja Maçônica. Lá apresentavam-se bandas de rock “subterrâneo”.
– Allure – Inaugurada em setembro de 1992, ficava Frei Galvão, 135, vizinha da Franz Schubert. Tinha ares de loft e pista de dança simpática.
– Anny 44 – na Bela Cintra, 1551 (onde hoje é a Lellis Trattoria). Era um lugarzinho underground, bem no meio dos jardins, que teve vida breve. Em três pisos se distribuíam uma lancheteria, uma sala de vídeo, dois bares e uma pista de dança onde se ouvia rock.
– Apple – Ficava na Rua Profa. Maria José Baroni Fernandes, 483, Vila Maria. Tocava rock, dance music e sucessos nacionais. Tinha matinês aos domingos.
– Aramaçan – Rua São Pedro, 345 – Santo André. Tocava dance music, rock, sucessos nacionais com promoção de grandes shows ao vivo.
– Area – Ficava na rua dos Pinheiros, 1275. Durante três anos liderou a noite tocando em primeira mão as novidades do melhor Rock, Pop e Dance Music americano e inglês.
– Broadway – Ficava na Rua Marquês de São Vicente, 1767. Tinha matinês que tocavam dance music, rock e reggae. Com o DJ Beto Nini.
– Caipiródromo – Surgiu no início dos anos 90, no lugar da ContraMão.
– Café Piu-Piu – Que está no Bixiga até hoje. Fica na Rua 13 de maio, 134. E tem música ao vivo.
– Cais – Na praça Roosevelt, 134. Era um porão soturno com decoração em neon. A programção musical era variada, indo do hip hop ao rockabilly. A partir das duas da manhã servia sopas.
– Carbono 14 – Surgiu em 1982 e ficava na 13 de maio, 363, no Bixiga. Era uma espécie de centro cultural multimídia. O que mais celebrizou o Carbono foram as sessões de vídeo com gravações de shows de novas bandas inglesas.
– Cave – Em meados dos anos 80 surgiu no bairro de Pinheiros (Av. Henrique Schaumann X Cardeal Arcoverde) uma danceteria que chamava atenção pelo visual futurista de sua fachada (atual Open Bar). Nessa danceteria de três ambientes se reuniam todas as tribos da zona oeste de São Paulo. Lá era possível encontrar punks, carecas do subúrbio, rockabillys, boys, boys de vila, skatistas e surfistas (na verdade eram office boys que compravam calças da OP e parafinavam o cabelo), todos sob os olhares atentos do corpo de seguranças comandados pelo lendário segurança “DRAGO”. A casa possuía duas pistas de dança e lá era possível ouvir um pouco de tudo que rolava na época, como: house comercial (hoje flash house), punk rock, rockabilly, industrial e muito mais.
– Chicago – Era um bar que ficava na Avenida Cotovia, 719, em Moema. Tinha uma ampla pista de dança e decoração combinando espelhos e jardins.
– Círculo Militar onde aconteciam as domingueiras.
– Clash –
– Clube Massivo – Inaugurado em 7 de novembro de 1991, era de propriedade do grupo “Que Fim Levou Robin”, até então o único grupo brasileiro exclusivamente dedicado à dancing music. Ficava na Alameda Itu, 1548, nos jardins. Concentrava sua força na disco music.
– Columbia – Inaugurada em 1991, tinha uma decoração “clean” que aproveitava a estrutura original do prédio. Tocava basicamente dance music. Ficava na Rua Estados Unidos, 1570.
– ContraMão na zona leste. Ficou por doze anos como a casa mais badalada do pedaço e fechou em maio de 1992.
– Cotton Club
– Dancing – ficava na Av. Morumbi, 6849 (perto da Ponte do Morumbi). Tinha a decoração dos “bons tempos da discoteca” e as matinês eram geralmente animadas pelo DJ Mister Sam.
– Enigma
– Excalibur Music Hall – Rua Cardeal Arcoverde, 3030. Nele apresentava-se o cover do U2 que tinha como guitarrista o radialista Augusto Xavier.
– Espaço Retrô – Na Rua Frederico Abranches, 253, Santa Cecília. Com música ao vivo.
– Fantazy – em Moema. Mais tarde virou uma boate gay onde rolava altas festas. O povo ficava na rua para ver as drags. Era muito engraçado!
– Flash – Ficava na Alameda dos Aicás, em Moema.
– Gallery – Na Hadock Lobo, 1626.
– Glória –
– Hippodromo – Dos mesmos donos e estilo da Up and Down, essa casa ficava na Rua Turiassu, 734, Pompéia.
– Hoellish – (Infernal em alemão) Ficava na Praça Roosevelt, 134. Tocava, no início dos anos 90, principalmente rock gótico e psicodélico para adolescentes.
– Hong Kong – Abriu em 1983. A inauguração da casa marcou a primeira apresentação do grupo Barão Vermelho em São Paulo e a estréia dos Titâs no Iê-Iê (primeiro nome do grupo).
– Ilha de Capri – Est. Martim Afonso de Souza,149, em São Bernardo. Funciona até hoje.
– Krakatoa – Uma “nova” Hippodromo, com aumento de 1,4 mil metros quadrados.
– Kremlin – Foi inaugurado no início dos anos 90. Tinha um teto de vidro em forma de pirâmide, pista de dança com laser, palco para shows, camarote e restaurante de comida francesa. Ficava na Rua Franz Schubert,193, no Itaim Bibi. Nas quartas tocava country music, rockabilly e blues. Fechou em 2003.
– Kripton – Inaugurada em 25 de julho de 1991, com 1,7 mil metros quadrados, tinha uma decoração sofisticada, pista de 100 m2 de granito, com 26 canhões laser em seu interior, e um gigantesco arcabouço de luzes neon na fachada. A decoração tinha detalhes em forma oitavadas e as portas lembravam o monolito do filme “2001 Uma Odisséia no Espaço”. Tinha camarim, palco para shows e telão com projeção permanente. Ficava na Rua do Rócio, 116, Itaim Bibi.
– KRI’W – Ficava na Avenida Faria Lima, 613, no primeiro andar. Vivia repleto de adolescentes que curtiam os sucessos do momento. Havia um amplo terraço.
– Lambar – Inaugurado em abril de 1988, ficava na Joaquim Floriano, 899. Era uma “lambateria” que disponibilizava um professor para quem quisesse aprender a “lambatiar”.
– Lam-Bar-Teria – Inaugurada em 15 de julho de 1988, ficava na Av. Brigadeiro Faria Lima, 613. A casa tinha capacidade para 1800 pessoas, com cinco mil watts de som e oito mil de luz, num total de 35 aparelhos entre sequenciais, estrodos e lâmpadas especiais. A decoração era feita com muito neon, plantas e espelhos, tudo em fundo preto e cinza. Eram cinco ambientes divididos em pista, camarote, hall com bar, lanchonete e um terraço para os afcionados em lambada.
– Latitude 3001 – Essa danceteria em formato de caravela foi inaugurada em 7 de novembro de 1984, instalada no antigo restaurante Caravela, na 23 de Maio, 3001.
O barco, réplica de um galeão do século 17, recebeu uma reforma completa cujo investimento chegou a quase meio milhão de dólares.
Em uma área de 4500 metros quadrados foram implantados um lago artificial (onde os frequentadores podiam andar de barco), um bosque de pinheiros (para casais mais românticos), um restaurante para duzentas pessoas, uma pizzaria e duas vitrines permanentes (numa delas uma moça aparecia como sereia e na outra havia um professor de ioga).
No porão do navio havia todos os tipos de jogos (não eletrônicos): dados, xadrez, jogo de sapo.
No primeiro e segundo andar, uma pista de dança, um palco suspenso e uma parafernália de som. Havia também piratas em sucessivos duelos e uma lista de atrações que poderiam acontecer em qualquer outro navio.
O lugar era fantástico! O melhor do new wave e do novo rock brasileiro foram as músicas tocadas por lá.
– Limelight – Inaugurada em agosto de 1991, na Franz Shubert, 93, demorou dois anos para ser construída. A casa em forma de igreja já existia em Nova York, Londres, Chicago, Tókio. Custou 2 milhões de dólares. Na decoração lustres art nouveau, tijolos a vista, tapetes persas e telas de Gregório Gruber.
– London Tavern – A discoteca ficava no Hilton Hotel, na Avenida Ipiranga, 165.
– Los Angeles – Ficava numa travessa da Rebouças.
– Madame Satã – Rua Conselheiro Ramalho, 873, no Bixiga. Por ela passaram (ao mesmo tempo) João Gordo, Cazuza, Aécio Neves (então apenas o neto do Tancredo), Marisa Orth, Kid Vinil, Alex Antunes, toda a formação original do Terça Insana, bandas como RPM, Titãs, Capital Inicial (entre muitas outras). Em um momento único no underground paulista (e nacional) reuniam-se punks, homossexuais, góticos, artistas e quem mais estivesse afim de aparecer. Rock Nacional e a música eletrônica pré-verão do amor se fazia presente na pista no porão da casa.
– Memory – Ficava na Azevedo Soares, no Tatuapé, onde eram feitas as gravações do programa “Nova Onda” da Rede Record.
– Millenium – Inaugurada em 7 de novembro de 1991, ficava na Rua Martiniano de Carvalho, 262, Bela Vista. Apostou na inovação de aparatos audiovisuais e decoração “chique” do casarão restaurado de 1915. Era uma danceteria nos moldes do Columbia.
– Moon Night
– Morcegóvia – Abriu em 1993, na Rua Conselheiro Ramalho, 873, Bela Vista. Ficou no lugar do Madame Satâ. Passou a ter um tom mais eclético.
– Napalm – Ficava na Rua Marques de Itu, 392 . Era uma garagem acinzentada e sombria, mas com um palco grande o suficiente para abrigar uma banda de rock. Foi ali que os grupos de Brasília tocaram em SP pela primeira vez, como a comentada Legião Urbana. Lá também se apresentavam as bandas punks da periferia, como os Inocentes e os Ratos de Porão. O local era freqüentado por todas as tribos, dos new waves aos punks, passando pelos topetes dos rockabilly e reggae.
– Nation Disco Club – Na Rua Augusta, no subsolo da galeria América, frequentavam artistas e celebridades ao som dos DJs Renato Lopes, Camilo Rocha e Mauro Borges. Com iluminação e decoração psicodélica, parecia que estávamos uma rua londrina dos anos 60.
– Number One – Na Zona Norte.
– O Ponto – Ficava na Alameda Jaú, 1445. Tinha dois andares.
– Ópera Room – Inaugurada em 26 de outubro de 1988, reutilizou o espaço do Área, fechado em julho do mesmo ano.
– Overnight – Instalada na Rua Juvenal Parada, 35, Mooca, com a discotecagem do DJ Badinha e Ricardinho e boa dose de dancing music, a casa fez muita gente dos jardins aprender o caminho da zona leste. Em suas matinês era possível chamar uma “mina” para dançar uma “lenta”…
– Paulicéia Desvairada – Abriu em 1982. Foi o primeiro lugar a tocar rock e new wave em São Paulo. Ficava na Faria Lima, 1575, no bairro dos Jardins. A casa fechou no ano seguinte.
– Pirata – Inaugurado em abril de 1979, a boate fica na Ilha Porchat, em São Vicente.
– Pool Music Hall – Foi inaugurada no mesmo dia do Latitude 3001, em 7 de novembro de 1984, com um show do Lulu Santos. Ficava na Rua dos Pinheiros, 1275. Em junho de 1985 teve o lançamento o LP do RPM lá. No mesmo mês houve o lançamento do LP “Televisão” dos Titâs.
– PopCorn Disco Club – A discoteca ficava Av. Guilherme Cotching, 749, Vila Maria. Inaugurou uma nova decoração em 3 de março de 1979.
– Projeto SP – Tinha uma cara de circo. Lá foi palco de diversos shows da nova MPB e New Wave. Ficava na Caio Prado, 232, esquina com a Augusta. Por ele passaram Blitz, Paralamas do Sucesso e Capital Inicial, entre outros.
– QG – Ficava na Brigadeiro Faria Lima, 613, 1o andar. Era uma mistura de danceteria, bar, restaurante e casa de shows. No topo tinha um terraço de frente para a Faria Lima.
– Radar Tantã – Foi inaugurado em 11 de maio de 1984. Ficava na Rua Sólon, 1069, Bom Retiro e tinha 1500 metros de área para dançar. Ela expandiu o perímetro urbano da classe média (reduzido inicialmente a área dos jardins). Foi instalada numa antiga fábrica com paredes de tijolos fortes e estrutura interna com vigas de ferro, sustentando o altíssimo teto de placas de amianto. Tinha shows de new wave, e até Armandinho, Dodô e Osmar tocaram por lá.
– Radio Clube – Um misto de danceteria, bar e restaurante, foi inaugurada em 15 de março de 1984 com um baile em prol das diretas. Ficava na Rua Pedroso de Moraes, 1036 – Pinheiros.
– Raio Laser – Ficava na Av. Cotovia, 726 em Moema. Tinha um charme especial. Dava pra ver o raio verde da av. Paulista. Acomodava 3.000 pessoas. O palco era baixo o suficiente pra voce poder tocar no cantor. O som era forte e com qualidade. O restaurante bombava. Tinha ainda o Tatto que tatuava na hora quem quisesse! Era uma senhora bagunça mas totalmente organizada.
Por lá passaram Titãs, Lulu Santos, Herva Doce, Arrigo Barnabé, Raul Seixas entre muitos outros.
– Rhapsodia – Rua Bela Cintra.
– Rhapsody – Osasco.
– Reggae Night – Praça Professor Melo de Souza, em Guarapiranga. Lambada e axé music.
– Regine’s –
– Resumo da Ópera – Ficava na Av. Rebouças, 3970, 3o piso do Shopping Eldorado. Com suas domingueiras, tocava dance music.
– Roof – Inaugurada em junho de 1984, ficava no 22º andar do edifício Dacon, na Av.Cidade Jardim, 400 (esquina com a Av. Faria Lima). Uma das mais lindas vistas de São Paulo (360o). Do bar podia-se avistar o Pico do Jagaguá. Lá curtíamos New Wave, House, Disco e as românticas. Tinha restaurante, bar e karaokê.
– Rose Bom Bom – Ficava na Oscar Freire, 720 (Galeria Femina) na região dos jardins. Era meio punk. Subíamos uma escadinha lateral e dávamos de cara com um lugar meio… digamos assim… esquisito. A decoração era vermelha e a frequência era de gente bem alternativa. O repertório abrangia grooves americanos, do hip hop e da house music, que logo cederam espaço para a EBM (Electronic Body Music) e new beat. No pequeno palco de apenas três metros de largura por dois de comprimento, os oito integrantes da formação original dos Titãs se acotovelavam para tocar “Sonífera Ilha”, o primeiro hit. O Rose intercalava o som das picapes com apresentações ao vivo de bandas como Titãs, Ultrage a Rigor, Plebe Rude, Engenheiros do Hawaii. Eram duas ou três entradas de meia hora por noite, sempre encerradas com o providencial café da manhã servido para os últimos combatentes, pouco antes de a danceteria fechar.
– Rouge
– St Pool – Ficava na Alameda Lorena, 1717. Era dos mesmos donos do Chicago da Rua dos Pinheiros.
– Samantha – Ficava na Av. Miruna, em Moema. Lá havia umas cabines individuais com um sofá, uma mesa, interfone e cortinas. Era bem escuro!
– Sampa – Rua dos Ingleses, 355, no Bixiga. Com muito rock e new wave.
– Shadow – Rua Pamplona, 1109. Ponto romântico tradicional da cidade.
– Shampoo – Ficava na Rua Tutóia, 307 no Paraíso.
– Show Days Saloon – Antigo Resumo da Ópera, ficava no terceiro piso do shopping Eldorado. Era uma casa com estilo country. Um tipo de saloon, todo de madeira escura.
– Soul Train Disco Club – Inaugurada em março de 1979, ficava na Rua Amauri, 334. Logo na entrada havia um mini museu do trem, com peças de leilões de antiguidades, além de um mezanino praticamente dentro da pista, como uma espécie de camarote presidencial. O som era super potente para a época: 1200 watts.
– Sotão
– Sra. Krawtiz – Aberta em 14 de agosto de 1992, a casa era meio underground. Era lá que os DJs Maurício Mau Mau e Renato Lopes traziam as últimas novidades em dance music, com destaque para a garage e o tecno. O endereço era Rua Fortunto, 34, na Santa Cecília.
– Sunshine – no Parque das Nações, em Santo André.
– Stravaganza – Inaugurou em 6 de maio de 1992 e ficava na Henrique Schaumann, 794. Era famoso por ter telefones nas mesas e tinha vários ambientes.
– Sunset – na Zona Norte.
– Ta Matete – Inaugurada em 5 de maio de 1977, foi o primeiro triplex noturno da cidade (american bar, discoteca e restô) ficava na Avenida 9 de Julho, 5725. Tinha uma pista de dança pequena com o pé direito baixo. Tinha também muitos sofás para os casais namorarem.
– Tífon – Foi inaugurada em junho de 1984. Ficava na avenida dos Imarés, 64, Moema. Cabia mais de 1200 pessoas, tinha entre as atrações shows e “banheiro conjunto”.
– The The
– Toco Dance Club – Abriu suas portas em 1972 e encerrou as atividades em 1997. Situada na rua Dona Matilde, 509, no bairro de Vila Matilde, zona leste de São Paulo, tinha capacidade para mais de quatro mil pessoas. Seu sistema de som e luzes era referência incontestável. Tinha um tubo de acrílico por onde se escorregava até a pista. No final dos anos 90, com o fechamento da casa, o imóvel deu lugar a um bingo.
– Up & Down – Inaugurada em junho de 1987, ficava localizada na Rua Pamplona, 1418, nos Jardins. A casa começava a funcionar a partir das 22 horas e ficava tocando as músicas de começo de balada com um volume baixo para que o pessoal pudesse conversar. Quando dava meia-noite todos olhavam para cima para ver o show de iluminação comandado por computador. Haviam duas aberturas clássicas. Uma era um ballet de luzes ao som da New Age Music do Kitaro. As luzes se movimentavam de forma lenta acompanhando o ritmo da música e na sequência ouvia-se um estouro e o logotipo da casa aparecia no telão e aí era só alegria.
– US Beef Rock – com o DJ Mau Mau. Ficava na Rua Estados Unidos, 1626, nos Jardins.
– Venus – Na zona norte.
– Vektra – Do início dos anos 90, ficava na Rua Martiniano de Carvalho, 256, na Bela Vista. Tocava reggae, dance music e rap e tinha matinês aos domingos.
– Victoria’s Pub – Ficava na Alameda Lorena, 1604. Ele substituiu o antigo “The Victoria” e foi inaugurado em maio de 1979. Era decorado com peças trazidas de Londres. Tinha jogos, vídeos de shows country e rock. Assim como a Woodstock misturava pop/rock e sintetizadores com bandas ao vivo. A casa era semi prevé. Se estivesse lotada ficava restrita aos sócios.
– Village Station – Ficava na Rua Rui Barbosa, 354, no lugar do antigo Ópera Cabaré. Foi inaugurado em 18 de abril de 1983. Música ao vivo era a especialidade do local, que também tinha um espaço para teatro e representações, discoteca, piano bar, uma sala de cinema e um restaurante de cozinha internacional.
– Woodstock Music Hall – Ficava na Rua da Consolação, 3247. Nesse lugar apresentavam-se bandas cover. Era meio alternativo. Rock Inglês de vanguarda e shows com grupos nacionais, além de apresentações do conjunto Rock Memory. Lá eu assisti um cover do Rolling Stones. Os caras eram bons!!!
– Zoom – Ficava na rua Dr. Zuquim, 311, em Santana. Era uma mega danceteria montada pelo empresário Chico Recarey e concorria com a Overnight. Os Djs Marcio e Daniel tocavam dancing music tradicional e tecno.
– Zoster – Inaugurada em 27 de novembro de 1986, ficava na Rua Iguatemi, 347, no Itaim. Além de shows semanais a casa apresentava vídeos e exposições de artistas plásticos.
– Acontece Bar – Ficava na Rua da Consolação, 3032.
– Aple Bar – Av. Miruna, 50 – Moema.
– As Últimas Nuvens Azuis do Céu da Alameda Principal – Ficava num sobrado de três andares na esquina da Alameda Itu, 1406. Era um café com tres ambientes para bate-papo e namoro, com pouca iluminação. O terceiro andar era o mais escuro.
– Avenida Club – Ficava na Av. Pedroso de Moraes, 1036. Tinha capacidade da pista de dança para 500 pessoas que eram animadas por uma orquestra.
– Auge Bar – Vila Maria.
– Batom – Ficava na Alameda Franca, 1642. Às quintas tinha jazz, sexta e sábado rock e new wave com a Columbia Blues Band.
– Bar do Cabral
– Bartolo – Ficava na Rua Fradique Coutinho, 1097. Era um típico lugar de reunião de cineastas da Vila Madalena.
– Biroska – Foi Inaugurado em 15 de março de 1979. Ficava na Alameda dos Maracatins, 426, em Moema.
A casa apresentava música ao vivo e tinha comida típica da Bahia.
– Bora Bora – A tradicional pizza frita. “Prima” do La Sorella e do Mistinguett que está até hoje na Henrique Schauman no. 657.
– Café Maravilha – Ficava na Rua Abílio Soares, 165. Tinha música ao vivo country e rock.
– Café Teatro Opus 2004 – Ficava na Consolação, 2004.
– Calabar – Na Pamplona, 1213, onde se escutava country e rock memory.
– Cálice – Ficava na Henrique Schaumann com a Artur de Azevedo. Tinha música ao vivo.
– Cant Bar – Na Vila Maria.
– Carcará – Ficava na Rua Tutóia.
– Casablanca – Ficava na Juscelino Kubischek, 105. Tinha uns cantinhos especiais para namorar e uma pista de dança.
– Chaplin – Itaim.
– Choperia Ludwig II – na Juscelino Kubischek onde se ouvia, ao vivo, música popular brasileira.
– Clash – Av. Faria Lima, 743.
– Clydes – Ficava na Rua da Mata, 70 (hoje com o nome de “Na Mata Café”). Era um típico bar americano, com vários ambiente para conversar, dançar e ouvir música ao vivo.
– Concentração – Ficava na Rua Mourato Coelho, 44. Tinha samba e MPB ao vivo.
– De Repente Bar – Tocava Rock Memory (rock dos anos 70 e 80). Ficava na Bela Cintra, 1803.
– Herman – Ficava na Rua Artur de Azevedo, 1436. Tinha um estilo mais romântico, tinha uma pista de dança em frente ao palco que tocava MPB.
– Ilha – Fica na São Gualter, 679. Também existe ainda hoje. Fui algumas vezes lá. Virou um restaurante onde a família se reúne no domingo.
– Ilhabela – Ficava na Av. João Dias, 154.
– Inverno e Verão – Rua Vieira de Moraes, 263. Tinha lareira muito procurada no inverno.
– La Sorella – A tradicional pizza frita.
– Leiteria Paulista – no Itaim.
– Liverpool – Fica na Alameda Franca, 712. Girava em torno dos Beatles, desde a decoração, até o som.
– Love Aple – Ficava na Juscelino Kubischek, 825. O lugar tinha uma pista de dança e era escurinho e romântico.
– Love Store – Essa casa…bom…digamos assim…era um bar aconchegante demais. Ficávamos num tipo de quartinho, onde cabia o sofá e a mesa. Dava para fechar a cortina e o garçom só aparecia quando tocávamos a campainha.
– Metrô – Ficava na Rua das Gaivotas, 1383 e os ambientes eram decorados com motivos do metrô.
– Metrópolis
– Mistinguetti – Pizza frita na Juscelino Kubischek.
– O Beco – Rua Bela Cintra, 298, com música ao vivo.
– O Poker – que ficava na Juscelino Kubischek e se auto denominava “tropical american bar” com uma enorme vegetação.
– O trago nosso de cada noite -Foi aberto pelo industrial Décio Fantozzi, em outubro de 1979, na Henrique Schaumann. Funcionou até uns cinco anos atrás. Era um típico bar com bebidas e petiscos.
– Rock Dreans – Alameda Lorena, 1626. A decoração recriava o clima dos anos 50.
– Sampa – Com música ao vivo, ficava na Rua dos Ingleses, 355.
– Singapura – Alameda Tiete.
– Stuttgart – um ponto de encontro para se beber chopp e comer pizza frita. Ficava na Juscelino Kubischek, 1081.
– The Place – Alameda Tiete, 380. Com música ao vivo.
– Tobago – Ficava na Diogo Moreira, 316.
– Toulouse Lautrec – na Rua Manoel Guedes, 139. Tinha pomar, jardim de inverno e sala com lareira. Tinha bar com salas reservadas para casais, almofadões sobre tatames, lareira, jogo de gamão e dominó.
– Vou Vivendo – Na Rua Pedroso de Moraes, 1017. Com ambiente boêmio, tinha boas atrações musicais.
– Willie Willie – Fica na Rua Manoel Guedes, 332 na região de Pinheiros. Tinha jogos de xadrez, dama e um lugar para praticar arco e flexa.
Quem lembar de mais detalhes escreve que completo, quem tiver material fotografico é só mandar que post também, afinal é de utilidade pública para os que viveram estas maravilhosas noites.
Faltou a PlayBoy Disco Club ai hein, uma casa que bombava muito nos anos 80 e 90
Muito próximo da Playboy funcionava outra casa, a Bibblos, cuja atendentes vestiam-se de “coelhinhas”. Posteriormente veio a PlayBoy Disco Club.
Na PlayBoy disco clube, nos anos 70 durante a sua inauguração lancei o hit da Donna Summer. Os discos, em sua grande maioria importados eram comprados em uma loja chamada de CashBox.
O programa Nova Onda era grado na Contra Mão e não na Memory como consta acima
OK Obrigado Barbara.
Faltou o “happy days” que era dos mesmos donos do “ponto”.
Bom dia Dr, quem comandava a segurança do Cave éra meua amigo Abraão, o Drago éra segurança do QG na Faria Lima, alias digo isso com toda propriedade pq quem o apelidou de Drago fui eu que atuava como Dj na rede QG Cave, lembrando tambem a falta de uma casa em sua lista, a BE BOP que ficava na rua Cotovia em Moema, que éra de propriedade do ex ator Gerson Breener.
Puuutz…Be Bop. Tudo de vidro. era da hora.
Completando, fui Dj em algumas das casas desta lista, como Radio Clube, Soul Train, Ta Ma Tete, Dama Xoc, Show Days, US as 3 casas que citei acima etc etc
Que bom Antonio Carlos, fico feliz que você contribua com nosso blog. Se lembrar de mais coisas e acontecimentos pode escrever. Fico agradecido. Também curti bastante aquela época, hoje não existe mais nada parecido com o que vivemos, mas são nossas lembranças que permitem voltar no tempo. Abraços. Doutor Mandrake.
Oi! O Vektra era tudo de bom! estou fazendo uma pesquisa para ver se encontro a galera que frequentava, ou os djs tato e david, voce conheceu?
caraca conheci sim era a melhor danceteria de são paulo …tinha os meninos que ficavam dançando,MANE,XUXU,PX…tinha tbm o CPACETE …alguem lembra dele…saudades
faltou a bee boop na av. cotovia,moema
IA NA CHANNEL NA PENHA
gravavam o nova onda as vezes
Tem também a Space capitaneada pelos os Djs formiga e Azeitona localizada na rua Afonso Sardinha e mantinha um publico vindo principalmente da Zona oeste, nelas se podia ouvir House, EBM, Punk Rock e Gótico. não tinha distinção de tribos.
FALTOU MURILO BATIDAS ALAMEDA DOS MARACATINS MOEMA OBRIGADO.
puts lembrei da minha adolescência , murilo batidas era da hora
Coloca aí na lista o CALI, na serra da cantareira, na avenida santa inês.
Noite dessas, estive no Restaurante Kaá, na Av. Juscelino Kubitschek. Tive a impressão de que a entrada era do antigo bar Casablanca, que funcionou durante anos nessa avenida. Alguém sabe se o endereço é o mesmo?
Faltou a nossa, o Penicilina na Alameda Lorena, grandes musicos
Senti falta do Dama Xoc, que ficava em Pinheiros. Vi vários shows lá. Inclusive Raul Seixas. Tinha também o KVA e o Soweto, que começou em Pinheiros e depois foi pra Rua Minas Gerais. Onde agora funciona o Lapa 40 Graus era o Blen Blen.
Não existe mais nada dessa lista????
Época boa.
Faltou a Fly que ficava na Rua Duarte de Azevedo em Santana, onde ficava muito funk, não esse funk de agora mas aqueles estilo “passinho” muitos frequentadoras usavam a barra da calça aberta com a famosa “pizza” onde colocavam couro e o famoso Adidas Marathon com as listras fluorescentes
O apelido dessa galera que cortava a “boca” da calça e ficava em formato de pizza, era FUNÇÃO. E ainda tinha o Lecoq Marathon, que tinha o símbolo em forma de triângulo com galinho no meio. Na França, essa marca é famosa.
Gostei das informações, lembro de muitas dessas, que nos deixam com saudades. Agora uma curiosidade em São Vicente para ser mais exato na Ilha Porchat tinham 2 boates, uma amiga que me fez lembrar, uma delas parece que era Blue Sky ou Star, era mais voltada ao público GLS, será que ainda existe?
Obrigado
A 03, em Moema na av Ibirapuera, antiga Barbaridade.
E a minha inesquecível Banana Power, na São Gabriel
nossa fui em muitas destas casas, se conseguisse voltar no tempo ficaria no anos 80 para sempre !!! muitas lembranças boas.
E a TOKO na zona leste?
Tinha uma na nove de julho eu acho década de 90 só tocava hip hop e black…. não me lembro o nome mas era mto boa e tinha uma que estou bem curiosa p ver se alguém lembra. esta ficava abaixo do nível da rua, tipo um porão mas bem grande lá nos jardins. a rua acho, era sem saída
faltou varias casas noturnas
DANY´S DE GUAIANASES,ELITE ITAQUERENSE,CRIS DA VILA RÉ,AA POAENSE,LASER ITAQUERA,CANECAO E FLOR DE MOGI DAS CRUZES E MUITAS OUTRAS
Nossa muito bom…..Primeiro lugar que levei minha esposa foi no Refinaria, que ficava entre o Limelight e o Arcádia, e estou casado com ela a 20 anos(19/09/97)….
Para mim a melhor casa era a Krypton, que virou Club K e depois Matrix……
Ainda fui na Kiron que virou Século XXI, Columbia, Columbia ABC, Twist…..além de várias da sua lista……trabalhei na Rock Stadium/Apple Music no club Ypê…..outra show de bola…..bons tempos…..abraço…
Graça e Paz
Bom dia dia Doutormandrake.
Curti várias e senti a ausência das:
– Hemerald Hills (SBC)
– TUTTI FRUTI (SBC)
E lembrando apenas as casas de samba, que não é o caso aqui, Baracão de Zinco, Moema, Hipnose 2000, Babaréu
Não vi mencionar a Banana Power, Zoom, Lofty e Wiscadão. Em São Caetano tinha a Hipnoses e Buso Palace, em Sâo Bernardi a Tutti Frutti e Emerald Hills. Aqui em Santos o Fabian e Chicquinho que foram DJs no Tá Matete, comandam as pick-ups na recém inaugurada Tá Matete para os mais saudosistas
Faltaram a lambateria Mel na pamplona, ilha de capri em São bernardo, lambateria lambar na r Joaquim Floriano. Tem mais uma lambateria em Moema que ficava próximo ao shop Ibirapuera, se alguém lembrar é só completar
Eu ia no MASSA RARA no Clube Esportivo da Penha, muito legal.
Tinha a Brodway na Marquês de São Vicente, a domingueira era legal. Que saudades dessa época!!!
E por que não citar as matinês??? Eu ia muito na Moleka, Alphaville. Domingão das 16:00 as 20:00 horas. E por muitos anos ela continuo por lá.
Morava na lapa e ia todos domingos na Moleka
Até junho de 1991 frequentei todas as q foram citadas…pri cipalmente as dos jardins..
Faltou um bar mto bom q ficava na alameda Santos …o Drummond…
Tomavamos chopp de 1,5l c groselha e o melhor provolone ã milanesa do mundo…
Alguém lembra da MULEKA em Alphaville? na década de 70/80 no inicio do condomínio
. Matine com comida de graça.
Faltou Nias na Rua dos Pinheiros (onde conheci meu marido em 2001) e também o Wood na Serra da Cantareira que tinha uma lagoa artificial.